quarta-feira, 29 de abril de 2020




A Meditação

Quando me iniciei na pratica da meditação e a tentei introduzir como parte integrante da minha rotina diária, esse foi um grande desafio que coloquei a mim própria e até, já foi questionada por pessoas próximas como de facto eu o conseguia, sendo eu um pouco "cabeça na lua".
Quando queremos algo do fundo do nosso coração, quando realizamos algo por gosto pessoal e que se prende com os nossos valores tudo se consegue, não é necessário nenhum ingrediente magico para além de nós.

Meditar testou alguns dos meus limites, se a minha vida ficou diferente? A nossa vida muda quando nos predispomos a tal, mas que julgo me ter tornado melhor pessoa emocionalmente para mim mesma e para quem me rodeia, sem duvida.

Na meditação conseguimos olhar para dentro de nós próprios como de outra forma não conseguiríamos e ajuda a que a calma que todos nós temos surja. Mas, atenção, é nesse caminho que algumas feridas se encontram e é justamente isso que precisamos cicatrizar. O ser humano tem tendência a não reflectir sobre as situações ou nas pessoas que nos entristeceram por não quererem sofrer ou ser confrontados com o que o assusta. Mas para ficarmos livres de pesos desnecessários é preciso que isso aconteça.

Cuidem-se!



terça-feira, 28 de abril de 2020


O meu Alentejo

Nem sempre o local que nos viu nascer, é o local onde vamos permanecer. 

Por circunstancias da vida, somos conduzidos a partir através dos nossos pais ou não, para locais onde se tenta de alguma forma mais oportunidades de vida e, consequentemente melhor qualidade de vida. Foi exactamente o que aconteceu aos pais na sua juventude, de uma terra pequena onde todos se conhecem, onde todos dão os bons dias, partiram para a cidade completamente sozinhos, sem nunca perder de vista aquela terra onde um dia desejariam voltar, e, a verdade é que regressaram após anos por opção. No fundo, penso que nunca se identificaram com este meio mais citadino , e a sua vida foi gerida entre o trabalho do meu pai e as constantes viagens ao fim de semana para o Alentejo.
Cresci entre a grande cidade e o movimento característico da mesma e a paz do campo. Eu sou do tempo em os meus avós paternos tinham o campo como meio de subsistência, em que o pão, o queijo era confeccionado por si nos fornos antigos de lenha . Eu sou do tempo em que a minha avó se deslocava para a vila de carroça, em que a apanha da azeitona era motivo de convívio.  E, embora eu ainda seja de uma geração relativamente jovem tive a oportunidade de conhecer o meio rural na sua essência por experiência pessoal e faz parte daquilo que sou enquanto pessoa. O amor que tenho pelos animais, nomeadamente, pelos cavalos foi-me incutido logo desde pequena e foi-me transmitido por gerações que o cavalo é considerado um animal nobre, de ajuda e que significa a liberdade que todos nós desejamos quando correm pelos campos. 

Durante algum tempo, ignorei um pouco as minhas raízes, pelo próprio egocentrismo caracterizado pela adolescência em que estar com o grupo de amigos se torna prioridade e no recomeço da vida adulta em que julguei que o Alentejo, depois de terminar o curso nao teria mais nada para me oferecer. 
Apenas depois de ser mae, em que reformulamos os nossos valores e as nossas prioridades, reconheci a importância de manter viva esta minha Terra em mim e dar a possibilidade de a minha filha também usufruir deste mundo. Saber que o leite não tem origem nos pacotes como lhe é apresentado na mesa, conhecer que a natureza é mais pura forma de contacto connosco próprios.
 É preciso mais calma, mais compreensão, mais empatia, e nos grandes meios urbanos pelo desenvolvimento e pelos sacrifícios profissionais que são exigidos, as pessoas sofrem cada vez mais de desgaste emocional, stress,  impaciência em coisas tão simples que por vezes criam discussões desnecessárias com desconhecidos. 


No Alentejo o por do sol e o alcance da lua e das estrelas é mais visível de alcançar, e sem duvida consegue tornar-se mais deslumbrante. Tem uma magia que aqui é corrompida pelos prédios altos.

Tenho a certeza que a casa dos meus avós, dos meus pais será um dia o meu porto de abrigo.
Que nunca se esqueçam das vossa raízes!

Cuidem-se!


terça-feira, 21 de abril de 2020




                       
                                                            A escolha do nome

O nome "A Alma da Lua" surge pelo meu fascínio pela Lua, pela sua capacidade de se transformar perante as diferentes fases cíclicas. Intimamente ligada ao feminino, exemplifica em forma de metáfora a nossa força enquanto mulheres. Está, também ligada ao ser Humano em geral, pela capacidade de também nós nos pudermos modificar perante as diferentes fases da vida e transformar/adaptar às nossas necessidades e circunstâncias ao longo do tempo.
A Lua é extraordinária porque nunca deixa de brilhar por mais pequena que ela possa estar, e deve ser essa mesma capacidade de resiliência que devemos adaptar á nossa vida comum, mesmo em momentos de crise pessoal. 
A Lua representa a esperança e o amor. Sem menosprezar o Sol que representa a Vida e nos permite desfrutar do nosso dia a dia!  São ambos necessários para que a Vida corra ao seu ritmo natural, tal como precisamos uns dos outros para sermos Humanos no verdadeiro sentido da palavra

Neste momento, vamos esperar que seja situação de pandemia seja ela também uma fase!
Cuidem-se!

A Meditação Quando me iniciei na pratica da meditação e a tentei introduzir como parte integrante da minha rotina diária, esse f...